terça-feira, 1 de abril de 2014

Austin e Bud: Uma lição para a vida contemporânea

Num certo dia de inverno, no norte da Europa, um pobre camponês chamado Austin saiu para procurar emprego e comida, pois as suas reservas tinham acabado e os trabalhos eram escassos. Ao circular por uma região comercial, um padeiro chamado Bud, comovido com a atual situação do solitário homem, decidiu ajudá-lo. Deu emprego, comida e amizade.
 
Anos se passaram, a região entrou numa preocupante crise financeira e o padeiro precisou cessar as suas atividades. Cada um seguiu o seu rumo, o comerciante foi trabalhar numa farmácia de um primo e o rapaz decidiu se mudar para o Sul da Europa, na casa da Anna, sua avó materna. A elegante mulher morava sozinha, já que no ano anterior o seu companheiro durante inúmeros anos faleceu de complicações renais. O homem era um virtuoso empreendedor, ao longo dos anos acumulou m
uita riqueza.
 
Quando chegou à
residência da sua avó, deu de cara com uma senhora educada, cheia de vida e generosa. Um quarto arrumado e cheiroso estava a sua espera. Era tudo o que ele nunca tinha tido. Nesse momento, a alegria tomou conta do seu coração. Família, casa, carinho, coisas que frequentemente sonhava, estavam bem a sua frente.
 
Após alguns dias, já acostumado com a rotina da sorridente senhora, Austin resolveu que era o momento de procurar trabalho. Pensou por alguns momentos e se deu conta que agora ele era um experiente padeiro, com um pouco de conhecimento em confeitaria. Após algumas prosas com Anna, ela resolveu ajudá-lo. Reformou uma antiga casa e no local abriu uma pequena padaria para o neto. Esse foi apenas o primeiro passo para que ele tivesse condições de seguir o seu rumo.
 
Dez anos depois, o homem já era proprietário de 12 padarias e 4 confeitarias. O sucesso bateu a sua porta e entrou. Alcançou respeito e reconhecimento na sua região. Tinha se casado há cinco anos com Claire, secretária do seu médico pessoal, e ainda não tinha filhos. A sua avó estava forte e saudável, casa dia mais orgulhosa do neto empreendedor. Tudo caminhava bem e a cada dia melhorava mais.
 
Numa manhã, durante um passeio matinal com Dom, o seu cão amigo da raça boxer, Austin se sentiu mal. Uma dor no peito o incomodava e respirava com dificuldade. Pegou o caminho de volta e a uma quadra da sua casa, no momento em que a avistou, ajoelhou e enfraquecido se deitou. Percebeu que tinha apenas alguns segundos de vida. Em vez de desespero, o que o tomou foi a felicidade, pois tudo o que ele tinha vivido foi com intensidade e honestidade. Agradeceu e se foi. O funeral durou dois dias. Muitos colegas e amigos apareceram para a despedida. As palmas demonstraram o grande respeito que todos tinham por ele. Foi emocionante, foi lindo, foi único.
 
Após o funeral, já na casa de Austin e Claire, foi lido o testamento, como era o costume. Para a surpresa de alguns, não dos mais próximos, ele deixou metade de todos os seus bens para Bud, seu amigo, irmão, o padeiro que lhe amparou e que por muito tempo foi a sua família, a sua única esperança. O testamento dizia:
Metade dos meus bens deixo para Bud, estou feliz por isso. Sou grato”.
 

Daniel Stoque Pecin

Dedicação

Ser cordial, educado e manter relacionamentos amigáveis com clientes e colegas de trabalho são comportamentos cada vez mais valorizados e podem ser vantagens necessárias para a construção de uma carreira bem sucedida.